Fotos: Com o marido e mais tarde como freira.
Uma freira de 92 anos, que fez voto de silêncio, solidão e pobreza, morreu no mosteiro onde viveu durante as últimas três décadas. No entanto, a história completa da vida da Irmã Mary Joseph está longe de ser tradicional.
Durante 60 anos foi Ann Russell Miller, uma 'socialite' americana extremamente rica que ia à ópera, fazia cruzeiros e tinha uma vida cheia de glamour, juntamente com o marido e os 10 filhos (cinco meninos e cinco meninas)... até desistir de tudo para se tornar freira.
Casou aos 20 anos com Richard Kendall Miller. E teve cinco filhos e cinco filhas. "Uma equipa de basquetebol de cada sexo. Paternidade planeada como ela lhe chamava", afirmou Mark, o seu nono filho. Nada em Ann era comum: "Ela tinha milhares de amigos. Fumou. Bebeu. Jogou cartas. Ficou grávida durante mais de 400 semanas na sua vida", contou.
Em 2005, o jornal San Francisco Gate fez um reportagem sobre Ann onde referiram que "o seu pai era presidente da Southern Pacific Railroad. O sogro fundou o que viria a ser a Pacific Gas and Electric. Ela teve uma vida ativa e sociável: organizou várias instituições de caridade, navegou pelo Mediterrâneo, tinha vários óculos para combinar com as suas roupas e fazia compras quatro dias por semana numa loja da Elizabeth Arden”.
Em 1984, Ann perdeu o marido para o cancro e ficou viúva. Três anos depois organizou dois almoços separados, um para as cinco filhas e o outro para os cinco filhos, e anunciou que, dentro de dois anos, entraria no convento das carmelitas. "No seu 61º aniversário fez uma festa com 800 convidados no hotel [Hilton] em São Francisco e apanhou o avião para Chicago no dia seguinte", explicou Mark. Ann Miller disse no evento: “Os primeiros dois terços da minha vida foram dedicados ao mundo. O último terço é dedicado à minha alma".
From high society to a higher calling (catholiceducation.org)