Doidos ou ignorantes: Fazer frente ao vírus?
Juiz negacionista apresenta queixa contra Marcelo e Costa por crimes contra humanidade.
Mas quem deve ir a Nuremberga?
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Juiz negacionista apresenta queixa contra Marcelo e Costa por crimes contra humanidade.
Mas quem deve ir a Nuremberga?
Que seria de nós se eles tivessem levado a melhor entre 1974 e 1975?
PCP considerou esta terça-feira que a conquista do poder no Afeganistão pelos taliban é "uma clara e humilhante derrota" para os EUA, a NATO e os "cúmplices" da "estratégia de guerra e ocupação, incluindo sucessivos governos" de Portugal.
Os talibans de trazer por casa- O “fascismo” é muito perigoso, sobretudo quando é imaginário. Quando é real, há uma forte hipótese de os comunistas o apoiarem. Contra nós. Alberto Gonçalves.
O coordenador do grupo de trabalho para o plano de vacinação foi recebido com assobios, empurrões e palavras duras por um pequeno grupo de manifestantes anti-vacina em Odivelas. Em resposta, Gouveia e Melo teceu críticas ao "obscurantismo" e fez questão de sair pela porta onde estava a decorrer o protesto.
São os mesmos que defendem o aborto, a eutanásia, anti-touradas, etc...
Não querem ser vacinados? Emigrem para uma ilha isolada.
Estes indivíduos trabalham? Quais as habilitações literárias?
As autoridades portuguesas vão acionar mecanismos de cooperação internacional e podem até pedir um mandado de detenção europeu. Tudo isto, para apanhar Leila Lakel, a estudante francesa que inscreveu "graffiti" no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, e entretanto abandonou o país.
Fotografia do dia da República da Índia (2019)
A rapariga do “eu” inferior e a mulher do “eu “consciente
Lucas Pinto, 16 anos de idade, mês de janeiro de 1961. O liceu Nacional Afonso de Albuquerque, constituído por cinco edifícios espaçosos, estava situado na parte alta da então Panjm (hoje Panaji, Goa). Lucas, aluno do 6º ano, e filho de um modesto funcionário da Fazenda (Finanças) de Goa, tinha como colega, entre outros, Lino, filho de um capitão do exército colonial português colocado naquelas paragens em 1959, com quem, um dia, tinha travado uma longa conversa, tornando-se bons amigos desde então, ao tentar explicar o significado de «Comunidades de aldeia de Goa». Eram pequenas cooperativas agrícolas para benefício dos seus associados agrupados em aldeias. Tais comunidades não eram exclusivas dos indianos, javaneses, japoneses e chineses, pois eram já praticadas em várias partes do Globo: designava-se Marki na antiga Germânia, Almend na Suiça, Zagruda na Sérvia e Nui na Rússia. Em contrapartida Lino falou-lhe com entusiasmo de um romance de Alexandre Herculano. Lucas sabia que Lino tinha uma irmã loira, a Inês, aluna do colégio-liceu Mary Immaculate Girl’s High School situada nas Fontainhas e sabia também que eles moravam próximo da Emissora de Goa. Certo dia, Lucas foi à Emissora entregar uma encomenda ao contabilista que era amigo do seu pai. No regresso, ao passar pela casa do colega, viu a Inês regar as flores do jardim. Era moderadamente bonita e o vestido branco sem mangas com pequenas estampas multicolores moldava-lhe o corpo. Lucas, inexplicavelmente, sentiu-se arrebatado com a sua figura que tinha por fundo as flores e plantas trepadeiras orientais. Conseguiu distinguir, entre outras, doshnnis, veludos, mogrins, rosas, perpentinas, xiutens e abolins. Ela, concentrada na sua tarefa, não o viu passar. Desde aquele dia Lucas não conseguia esquecer a Inês. Ela e as flores que a rodeavam. Sem dar conta até se mostrava mais reservado quando se encontrava com o Lino. Desde então, e sempre que possível, passava pela casa do capitão e pela «Mary Immaculate Girl’s High School» na esperança de a ver, o que nem sempre acontecia.
Assim gizou um plano para a conhecer. Pediu ao Lino que lhe emprestasse "Eurico, o presbítero" de Alexandre Herculano com a garantia de lhe devolver três dias depois. Assim, antes de entardecer de um sábado, dirigiu-se com alguma insegurança para o Altinho. Da cerca do jardim chamou por Lino. A mãe do rapaz apareceu à janela e pediu-lhe para aguardar do lado de fora. Lucas estranhou a atitude da senhora europeia. Todos os goeses, bons hospitaleiros que são, abrem as portas e convidam o visitante a sentar-se na sala. Ainda não descortinara completamente o significado do termo «colonialismo»; a dicotomia dominador/dominado, patrão/criado. É que a mulher do capitão tinha dois "criados" goeses, Zuão e Kistu, e ele, Lucas, era da mesma raça. Lino foi ao seu encontro e Lucas maximizou o tempo para o reter até que a irmã, se estivesse em casa, pudesse aparecer. Quando a Inês de 15 anos se assomou ao jardim e dirigiu-se para uma roseira, o coração do Lucas deu um pulo. Ela, se pudesse ler os pensamentos do rapaz teria captado o turbilhão de pensamento que ia na sua cabeça: " És uma flor no meio destas flores. Tu és a minha doce...bebinca." Não chegou a haver diálogo entre ele e ela, apesar de troca de olhares e sorrisos.
O grande erro do Lucas foi ter divulgado o seu segredo a um colega. A notícia espalhou-se rapidamente e chegou até «Mary Immaculate Girl’s High School». Um dia, ao passar por este colégio, reparou que um grupo de raparigas, olhando para ele, lançavam piadas, citando o nome da Inês. Desde então o irmão dela evitava-o e alguns colegas europeus molestavam-no. "Então, queres casar com uma branca?" A raiva que o assaltou deu-lhe forças para um arrojado feito: Fazer chegar uma carta as mãos da Inês por intermédio de Zuão, um dos "criados". Nela, ele expôs a sua paixão, até então platónica, e aguardou ansiosamente por uma resposta. Ela correspondeu ao pedido, quer por se tratar de um primeiro amor (não há amor como o primeiro), quer por se sentir lisonjeada. A troca da correspondência secreta continuaria até ser descoberta pela mãe da Inês no mês de outubro. Foi um escândalo! “ A minha filha apalavrada com um preto?”. E Zuão, o carteiro secreto, foi despedido. Conforme planeado pelas autoridades colonias, receando uma iminente intervenção militar indiana, as famílias dos militares portugueses foram evacuadas para Portugal nas semanas seguintes por mar e ar. Lucas e Inês não tiveram a mínima oportunidade de se despedirem ou indicarem futuras moradas. Ambos passaram por um grande sentimento de desespero e angústia. Dois meses depois o pai da Inês, no dia 19 de dezembro, rendia-se ao batalhão indiano comandado pelo goês tenente-coronel Carvalho (este seria nomeado comandante do Campo de detenção dos Alparqueiros, onde parte dos prisioneiros portugueses se concentraria). Para Lucas, com a alma destroçada, Inês estava morta.
Lucas Pinto, 25 anos de idade, ano de 1970. Como tenente de engenharia dava aulas aos novos cadetes concentrados no «College of Military Engineering» de Pune, Maharashtra, associado por protocolo à Universidade de Jawaharlal Nehru. Em 1965, influenciado pelo exemplo do parente afastado, vice-marechal da Força Aérea da Índia, E.W. Pinto do Rosário, um dos heróis da guerra de Libertação de Goa, partira de Goa para frequentar, voluntariamente, esta Academia Militar, uma das mais prestigiadas da Índia, que foi criada pelos ingleses em 1943 com as inerentes caraterísticas e padrões: disciplina, rigor, altas qualidades morais e cívicas. Além da Democracia e do sistema da Justiça, o colonialismo britânico legou, também, aos indianos, as Forças Armadas (sempre neutras, politicamente), três importantes pilares da maior democracia do mundo que nunca vacilou desde o dia da independência, 15 de agosto de 1947, quando na mesma data ainda imperavam ditaduras na Europa como em Portugal, na Espanha, na União Soviética e países satélites. Em 1971 Lucas participou na guerra contra o Paquistão, da qual resultaria a independência do Bangladesh (Ex-Paquistão Oriental), e esteve na capital, Dakka. Lucas amava muito a sua carreira militar que o levaria nos anos posteriores a percorrer o vasto território indiano. Seria sucessivamente colocado nos quartéis de Rajasthan, Punjab, Karnataka, Assam, Goa, Nagaland, Tamil Nadu e Nova Delhi. O tempo correu célere e não teve oportunidade de encontrar a mulher ideal, recusando-se sempre as pressões da família quando visitava Goa.
Lucas Pinto, 50 anos de idade, ano de 1995. O Clube Militar dos Oficiais de Nova Delhi, localizado em Daryaganj, é um dos lugares preferidos para o coronel Lucas, após o horário laboral, quando não frequentava o cinema ou outro local de entretenimento. Naquela sexta-feira reparou que o vasto salão de jantar estava repleto de homens e mulheres. Comemorava-se o aniversário do brigadeiro Chandrakant, seu conhecido de longa data. Numa das mesas estava um casal. A mulher era lindíssima e teria uns 45 anos e o marido parecia, aparentemente, ser mais novo. Lucas estava deslumbrado com tanta beleza e com os seus gestos e tiques muito femininos. Durante o buffet os convidados cruzavam-se. Num dado momento quando ia buscar a sobremesa reparou que o brigadeiro, mesmo ao lado, estava a trocar algumas palavras com ela. Chandrakant chamou-o: “ — Pinto, conheces a Ellen Esther? Ellen, aqui o coronel Pinto, solteirão e católico como tu, esteve comigo na batalha de Dakka”. Cumprimentaram-se e trocaram algumas frases circunstanciais quando a conversa foi cortada pela chegada de uma tagarela, a esposa do coronel Mukerji. No final do evento assistiu-se a atuação da minibanda militar que executou famosas músicas indianas e ocidentais. Lucas inconscientemente deitava olhares para a Ellen Esther e esta, várias vezes, focava os seus olhos nele. “— Ora, mulher casada atrevida — pensou— e com o marido ao lado!”. Nas semanas seguintes ela passa a marcar presença com uma ou duas amigas para o chá da tarde, o que não era habitual. Lucas estava empolgado e receoso com a ousadia daquela bela mulher que, abertamente, desafiava-o com olhares prolongados e insistentes. “— Quando o marido souber, mata-me”. Uma tarde dirigiu-se ao bar para encomendar umas chamuças quando soou a voz dela: “— As chamuças do cozinheiro Ahmed são muito boas. “ —Ah, a senhora Ellen Esther com uma amiga. Como está o seu marido?” “— Meu marido? — Ellen soltou uma gargalhada— Não, ele, o Richard, é meu filho. Sou viúva de um major, perdi o meu marido em Cachemira há sete anos.” Esta frase-revelação soou, cruelmente, como uma música (marcha nupcial de Mendelssohn) aos ouvidos de Lucas. A partir daquele dia as relações entre os dois tornaram-se muito intensas. Encontravam-se e falavam ao telefone. Ellen Esther, de 48 anos, é anglo-indiana. Neta de um militar irlandês que esteve colocado em Calcutá e casado com uma católica bengali. O avô permaneceu na Índia mesmo depois da queda do império colonial britânico. Richard, empregado do Tata Consultancy Services, estava radiante por a mãe ter encontrado uma companhia charmosa.
Lucas, que lera Sigmund Freud, sabia que o psiquismo comparava-se a uma casa dividida em três compartimentos: o «eu» consciente (zona clara), o «eu» inferior (tendências instintivas) e o «eu» ideal (imposições da família e sociedade). Agora percebia, claramente, que o «caso Inês» fora um impulso instintivo que não mediu o statu quo. A idade dela, a barreira colonial entre dominador e o dominado, o choque de culturas diferentes, a indiana e a portuguesa, o fator «comissão militar temporária» do pai dela, que implicava limitação de tempo, e, por razões, históricas, a contagem decrescente, em Goa, do princípio do fim de todo o império colonial. Lucas aos 16 anos não tivera em conta estes dados. Agora aos 50 o «eu» era claro como a luz. Sabia o que queria. O «eu» consciente em relação à Ellen Esther suplantou o «eu» inferior (instinto) relativamente à Inês.
O casamento de Lucas e Esther foi marcado para Goa em Novembro.
Miguel Viegas é o candidato da CDU à Câmara Municipal de Aveiro, mas, por estes dias, tem dado que falar por uma publicação que fez no Facebook acerca da conquista do Ouro olímpico de Pedro Pablo Pichardo nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020. "Mérito do atleta que treinou, da escola que o criou e do clube que o comprou! Mas esta não é seguramente uma medalha 100% portuguesa!", escreveu.
Os comentários à publicação do também ex-eurodeputado não se fizeram esperar, com Miguel Viegas a esclarecer, nos comentários, o que pretendeu dizer: "Meus caros, como é óbvio não está aqui em causa a nacionalidade do atleta. O que eu critico é este modelo desportivo mercantilizado que tende a ofuscar a necessidade de investir numa política desportiva que apoie a formação nas escolas e nos clubes!"
Também nos comentários, Conceição Queiroz, jornalista da TVI, considerou que, na posição do candidato, "teria vergonha". "E o golo que deu a Portugal o título de Campeão Europeu de Futebol é o quê?", questionou.
"Submeta-se a tudo o que a ciência oferece e depois fale dos resultados e diga se o senhor é 100% português. Ambos sabemos que não e se apostar… perde. O senhor jamais será 100% português. Sim. Digamos que de forma rasa… primária… o espelho dá o primeiro sinal. Aceite", afirmou ainda.