Uma mensagem foi dirigida ao Presidente francês, Emmanuel Macron, apelidado de "o líder dos infiéis". "Executei um dos cães infernais que ousou menosprezar Muhammad [o profeta Maomé]", explicitaria esta mensagem assinada por "Abdullah, o servo de Alá".
Recordando o que escrevi há tempos:- Os extremismos são perigosos e autodestrutivos. Adolfo Hitler, homem da extrema-direita da Alemanha, foi igual, a Enver Hoxha, figura da extrema-esquerda da Albânia.
A extrema-direita está a ressurgir paulatinamente nas democracias (tanto no Ocidente como na Índia, no Japão, etc.) por causa dos sucessivos erros dos governantes «politicamente corretos». Vamos abstrair vários fatores e concentrar, apenas num, no espaço físico, lugar, terra de maiorias.
Tomemos dois exemplos: Moçambique e França.
A maioria africana de Moçambique da era colonial, durante séculos, teve plena consciência de que uma minoria vinda de Portugal sobrepôs-se à sua vontade e modo de vida: racismo, exploração, desemprego, fuga das matérias-primas, etc., enquanto os colonos, que fugiram da miséria existente nas aldeias de Portugal e gerada por Salazar, viviam magnificamente nessa colónia.
Liderados pela Frelimo e fartos de sofrimento revoltaram-se e tomaram medidas extremas ao pegarem em armas até a vitória final. Mas eis que surgiu, posteriormente, o conflito Frelimo/Renamo.
França. Nos últimos anos receberam centenas de milhares de emigrantes muçulmanos (cerca de 4%, uma minoria portanto) que irritam muitos franceses por eles imporem a sua ideologia religiosa nas zonas onde vivem. Não todos mas um número bem grande são arrogantes, determinantes, dominativos, presumidos. Só dois exemplos aterradores: Cerca de 99% de francesas europeias casadas com magrebinos foram forçadas a aceitar o islamismo, seguindo as diretrizes dos imãs fundamentalistas. E o ataque ao «Charlie Hebdo».
A França, tal como no resto da Europa, tem uma população envelhecida e os novos ingressos foram vistos por governantes politicamente corretos como uma resposta à falta de mão-de-obra (barata). Mas inevitavelmente há problemas e a questão da migração dominará a sociedade por vários anos.
Portanto, temos uma minoria que veio do exterior que, segundo os nacionalistas, querem «colonizar» a França e o resto da Europa. Destruir a sua democracia, liberdade, história, usos, costumes. Logo, eles têm boas razões para retaliar como os moçambicanos nacionalistas.